Carolina Martuscelli Bori (São Paulo, 4 de janeiro de 1924 — São Paulo, 4 de outubro de 2004) foi uma psicóloga brasileira, pesquisadora na área de psicologia experimental.
Graduou-se em pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1947. Especializou-se em psicologia educacional também pela USP em 1948. Fez mestrado em 1952 na New School For Social Research NSSR,Nova Iorque, Estados Unidos. Doutorou-se em psicologia pela USP em 1954, orientada por Annita de Castilho e Marcondes Cabral, com a tese Experimentos de Interrupção de Tarefas e a Teoria de Motivação de Kurt Lewin.[1] [2]
Liderou várias campanhas sobre o exercício profissional do psicólogo e foi o registro numero um no conselho da categoria por ser a única mulher dentre os constituintes. Batalhou pelo currículo mínimo para a graduação e pela implantação do curso de pós-graduação em Psicologia. Presidiu e participou de inúmeras comissões para criação de cursos de Psicologia e de pós-graduação em todo o país defendendo a obrigatoriedade de uma porcentagem de disciplinas com trabalho de campo ou laboratório e solicitando auxílios às instituições de fomento. Carolina Bori intermediava contatos com a administração da universidade para importar equipamentos em tempos difíceis. Fazia congressos com grupos de colaboradores e divulgava os princípios de análise do comportamento pelo Brasil propiciando condições para a vinda do professor Keller, fato fundamental para a Psicologia no Brasil, como vemos em diversos artigos de revistas cientificas da época (Keller, Bori e Azzi, 1964; Keller, 1974; Bori, 1974; Kerbauy, 1983). Como um dos poucos doutores em Psicologia nos anos 60 e como professora em cursos de pós-graduação, Carolina orientou mais de cem teses e dissertações em uma época na qual não havia limite no número de orientandos, dadas as condições existentes. Formação de pesquisadores e produção de conhecimento eram suas preocupações e sempre as via como necessidade urgente. Partia da formulação do problema para tomar decisões, buscar soluções e conseguir resultados.Traduziu livros básicos para a formação dos alunos, quando eram poucas as opções bibliográficas existentes.
O nome de Carolina está ligado a associações como a SBP, Sociedade Brasileira de Psicologia, a SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e, antes disso a Sociedade de Psicologia de São Paulo. Foi presidente de todas elas e membro atuante mesmo que não estivesse participando diretamente da diretoria. Participou das lutas para o desenvolvimento da Psicologia e Ciência no Brasil. Até o fim de seus dias, Carolina participou de comissões e organizações cientificas, debatendo o significado de ações e a necessidade de pontuar outras. Convivendo com cientistas de várias ciências no Conselho da SBPC, Carolina tinha uma visão sobre como a Psicologia deveria trabalhar para ganhar respeito de outras áreas do saber e auxiliar a sociedade em geral. Manteve a ênfase em pesquisa básica e aplicada e na colaboração com outras áreas de conhecimento. (fonte: Wikipedia)
Fotos
Documentos
Notícia sobre a homenagem a Margarida (Maggi) Hofmann Windholz, no Clube Hebraica
E a Caminhada Valeu – Maria Ignez Rocha e Silva
Edifício Carolina Bori reúne pesquisas em Educação Especial
Divulga Cientista – Carolina Bori
Relembrando Carolina Bori – Maria do Carmo Guedes
Memorável Carolina Martuscelli Bori (1924-2004) – Maria do Carmo Guedes
Carolina Martuscelli Bori – Canal Ciência
A presença de Carolina Martuscelli Bori na psicologia – Rachel Rodrigues Kerbauy
Carolina Bori – Revista Psicologia, Ciência e Profissão