Conheça as propostas da Diretoria da ABPMC 2015/2016.
Presidente
Dr. Denis Roberto Zamignani
Vice-Presidente
Ms. Jan Luiz Leonardi
Primeira Secretária
Ms. Natalia de Mesquita Matheus
Segunda Secretária
Dra. Maria de Lima Wang
Primeira Tesoureira
Ms. Lygia Teresa Dorigon
Segundo Tesoureiro
Ms. Gabriel Carelli
Conselho Consultivo
1) Dra. Cintia Guilhardi
2) Dr. Emmanuel Zagury Tourinho
3) Dr. Francisco Lotufo Neto
4) Dra. Maria Amalia Pie Abib Andery
5) Dr. Sílvio Botomé
6) Vera Regina L. Otero
Justificativa da proposta da chapa
Há 23 anos a ABPMC vem exercendo papel fundamental na disseminação da Análise do comportamento no país. Embora tenha nascido como uma associação de terapeutas, muito rapidamente transformou-se em uma instituição que representa a diversidade e a complexidade que compõem a abordagem, tanto no que se refere à produção de conhecimento quanto às diversas áreas de atuação dos analistas do comportamento.
No período de existência da ABPMC, testemunhamos grande expansão da produção de conhecimento na Análise do comportamento, bem como das aplicações desse conhecimento em diversos âmbitos sociais. O reconhecimento da abordagem, em diferentes contextos e por instituições de grande relevância, tornam ainda mais desafiadoras as perspectivas da ABPMC para a atual e as futuras gerações de analistas do comportamento no Brasil.
O momento atual é de grande importância para a análise do comportamento. Instituições de alguns Estados já reconhecem a excelência da abordagem, recomendando-a como primeira escolha no ensino de crianças com desenvolvimento atípico. É também crescente o reconhecimento da terapia analítico-comportamental como tratamento efetivo por psiquiatras e instituições de saúde mental. Somam-se a isso as muitas áreas de aplicação que têm produzido resultados importantes na resolução de problemas socialmente relevantes na área organizacional, educacional, esportiva, entre outras.
No entanto, ainda é grande o desconhecimento da Análise do comportamento por parte de comunicadores da mídia de massa e do público em geral. Tem-se observado forte oposição partindo de entidades e profissionais de outros referenciais teóricos, ora desqualificando o trabalho desenvolvido pelos analistas do comportamento, ora se apropriando indevidamente de denominações e tecnologias da abordagem, em busca de ocupar um espaço de mercado, oferecendo trabalhos que, em seu conjunto, são incompatíveis com a essência da intervenção pautada na Análise do comportamento. Preocupa-nos igualmente a condição da Análise do comportamento nos cursos de graduação em psicologia e outras áreas, com um crescente número de instituições extinguindo o ensino de laboratório ou mesmo extinguindo a disciplina de Análise do comportamento do currículo, além de uma série de problemas enfrentados pelos programas de pós-graduação latu e strictu sensu.
Diante de desafios como esses, considera-se essencial o desenvolvimento de um projeto de comunicação e de disseminação da Análise do comportamento no Brasil. É preciso ir além da comunicação entre pares, buscando-se esclarecer melhor as características da abordagem, bem como seus diferenciais diante de outras propostas de intervenção psicológica.
É necessário também ampliar a representação da ABPMC perante outras instituições científicas, agências de fomento e gestores de política científica em geral. Somente por meio do diálogo e de parcerias entre diferentes áreas será possível promover avanços significativos no desenvolvimento técnico-científico brasileiro. E a ABPMC, com o apoio de sua comunidade, tem plenas condições de contribuir com os gestores de políticas públicas em várias questões sociais importantes para o desenvolvimento do Brasil.
Na atual gestão da ABPMC, um passo importante foi dado em busca de ampliar a visibilidade e resguardar a qualidade dos serviços prestados por analistas do comportamento: a instituição da Comissão de Acreditação de Analistas do Comportamento no Brasil. Com uma proposta de acreditação a ser votada na Assembleia Ordinária do Encontro de 2014, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Acreditação exige contrapartida da ABPMC, que deverá oferecer condições para a implantação e ampla divulgação da acreditação, bem como ampliar o acesso ao conhecimento e à formação na área.
O contexto atual exige uma diretoria atuante, coesa e capaz de representar a diversidade da Análise do comportamento brasileira.
A chapa Constituída por pessoas envolvidas com a pesquisa e o ensino em terapia analítico-comportamental (Denis Zamignani e Jan Leonardi), desenvolvimento atípico (Lygia Dorigon), psicologia organizacional (Gabriel Carelli), educação (Natália Matheus) e jornalismo científico (Maria de Lima Wang), a chapa que aqui se apresenta para dirigir a ABPMC pelos próximos dois anos representa parte da diversidade que hoje constitui a Análise do comportamento no Brasil. Os membros do conselho representam a mesma diversidade, trazendo professores e pesquisadores das áreas de desenvolvimento atípico (Cíntia Guilhardi e Maria Amalia Pie Abib Andery), desenvolvimento conceitual (Emmanuel Zagury Tourinho e Maria Amalia Pie Abib Andery), psiquiatria (Dr. Francisco Lotufo Neto), cultura (Emmanuel Zagury Tourinho e Maria Amalia Pie Abib Andery), psicologia do trabalho e organizacional (Sílvio Botomé) e clínica (Vera Regina L. Otero). Inseridos em instituições de destaque no cenário brasileiro atual – UFSC, UFPA, USP, PUC-SP, Gradual, Núcleo Paradigma e Fundação Vanzolini, entre outras – os membros desta chapa têm em comum a dedicação à pesquisa, ensino, aplicação e propagação da Análise do comportamento, conforme se pode inferir pela síntese de seus currículos apresentada em anexo.
Propostas da chapa para a gestão 2015-1016
O cenário atual da Análise do comportamento brasileira exige um conjunto de metas de gestão voltadas a um melhor posicionamento da abordagem no cenário nacional, e visando contribuir para o desenvolvimento técnico-científico da área. Para tanto, a presente chapa tem como propostas:
(1) Implantação e gestão do processo de acreditação profissional. Dada a importância para a solidificação da Análise do comportamento no país, esta gestão terá como prioridade a implantação e a gestão do processo de Acreditação de Analistas do comportamento no Brasil, trabalhando com o máximo empenho em busca de cumprir as recomendações da Comissão de Acreditação para diretoria. As metas de gestão apresentadas a seguir envolvem qualificação e formação continuada do público-alvo; acompanhamento do desenvolvimento da Análise do comportamento em seus diferentes campos de atuação; divulgação sistemática de conhecimento na área e incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento em busca de contribuir para a solução de questões socialmente relevantes.
(2) Desenvolvimento e implantação de um plano de comunicação institucional. Um dos compromissos de nossa chapa será o fortalecimento da comunicação da ABPMC com seus sócios e a sociedade em geral. Nosso projeto de comunicação será caracterizado não apenas por ações reativas contra equívocos publicados sobre nossa abordagem, mas focada especialmente na divulgação de avanços recentes e no potencial de aplicação do conhecimento existente na Análise do comportamento a problemas sociais diversos. Para isso, propomos o uso estratégico de novas ferramentas de comunicação, tais como Twitter, Facebook, Youtube, entre outras, em busca de facilitar interações com os associados, aumentar as possibilidades de contribuições recíprocas entre integrantes de nossa comunidade, ampliar a visibilidade da ABPMC e da Análise do comportamento perante a mídia de massa, outras instituições profissionais, sociedades científicas, agências de fomento à pesquisa e o público em geral. Os projetos voltados à responsabilidade social da ABPMC serão mantidos, dando prioridade a projetos de disseminação que envolvam plataformas virtuais e ensino à distância. Propomos também ampliar a gestão de conteúdo da página da ABPMC na internet, criando, por exemplo, seções específicas com material de interesse de nossos associados, de interesse da imprensa e do público em geral. Com isso, espera-se ampliar a disseminação da Análise do comportamento no Brasil, amenizar os efeitos de informações equivocadas publicadas sobre a área e ampliar a representação da ABPMC perante outras instituições profissionais e científicas.
(3) Promover formação e capacitação e atualização de estudantes e profissionais. O crescimento, fortalecimento e disseminação da Análise do comportamento dependem fortemente da formação e capacitação de seus estudantes, pesquisadores e profissionais. Por isso, esta chapa tem como objetivo produzir uma série de vídeos e cursos institucionais sobre diversos temas em Análise do comportamento e disponibilizá-los gratuitamente no website da ABPMC para seus associados. Os docentes serão membros da nossa comunidade dispostos a contribuir com a ABPMC em sua missão de defender os interesses dos analistas do comportamento brasileiros e de expandir a área.
(4) Ampliar as possibilidades de debate e a diversidade de temas nos Encontros Anuais da ABPMC. A Análise do comportamento é uma ciência múltipla, abrangendo pesquisa básica com humanos e não humanos, e a aplicação com diversos perfis de indivíduos em diversos âmbitos (clínica, esporte, educação, saúde, organização, cultura, comunicação social, economia, sustentabilidade, segurança, etc.). Para fortalecer essa diversidade, assumimos como objetivo promover condições para que as diversas esferas da Análise do comportamento – as pesquisas básica, aplicada e históricoconceitual, além da prestação de serviços – sejam representadas nos Encontros anuais da ABPMC e nas diferentes ações da Associação. Pretendemos ainda realizar em 2016, durante nosso Encontro anual, o II Encontro Sul-americano de Análise do Comportamento. Pretendemos organizar o Encontro de modo a ampliar o tempo para debates das apresentações e instigar discussões mais aprofundadas, convidando debatedores especialistas no assunto para conduzir os debates.
(5) Estreitamento da relação da ABPMC com organizadores de eventos locais. Nos últimos anos, testemunhamos uma enorme expansão das Jornadas regionais de Análise do comportamento (as chamadas “JACs”) em diversos estados do Brasil. Esta chapa tem por objetivo fortalecer a relação das JACs com a ABPMC, propondo a composição de uma comissão de eventos locais e regionais, em busca de mapear estes eventos e propor estratégias para colaboração mútua.
(6) Mapeamento das condições da formação em análise do comportamento no ensino da graduação e pós-graduação. Em busca de identificar e propor encaminhamentos para os problemas enfrentados pelos analistas do comportamento nos cursos de graduação e pós-graduação, pretendemos compor uma Comissão de Formação em Análise do Comportamento, cujo objetivo será o mapeamento das condições do ensino de Análise do comportamento em todo o país e a proposição de intervenções em busca deaprimoramento dessas condições.
Para tornar viáveis as propostas de trabalho aqui esboçadas, manteremos a divisão operacional de trabalhos, típica de gestões anteriores da ABPMC, e conforme descrito a seguir. Denis Zamignani e Jan Leonardi assumindo, respectivamente, a presidência e vice-presidência da ABPMC, terão como função coordenar as ações da Associação, representando-a politicamente, coordenando e deliberando com a diretoria e com o conselho consultivo, em busca de viabilizar os projetos de interesse da Associação. Gabriel Carelli, além de colaborar com a gestão da tesouraria da Associação ao lado de Lygia Dorigon, terá sob sua responsabilidade a coordenação dosEncontros Anuais. Maria Wang, que compartilhará as responsabilidades de secretária com Natália Matheus, coordenará o trabalho de comunicação institucional da Associação. Natália Matheus coordenará o desenvolvimento de projetos voltados para o ensino à distância. Essa divisão de tarefas não deve ser tomada como impedimento para que a diretoria trabalhe de forma coesa e colaborativa, visando ao projeto comum de administrar a Associação de forma democrática e com o máximo de transparência, respeitando-se o importante papel do conselho consultivo e decisões das Assembleias.
Minicurrículo dos componentes da chapa.
Denis Roberto Zamignani é graduado em Psicologia e mestre em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela PUC-SP e doutor em Psicologia Clínica pela USP. Atua no Núcleo Paradigma como terapeuta, coordenador e docente do mestrado profissional em Análise do Comportamento Aplicada, além de supervisor e docente no curso de Especialização em Clínica AnalíticoComportamental e coordenador do grupo de pesquisa sobre processo-resultado em terapia analítico-comportamental. É membro do corpo editorial de Perspectivas em Análise do Comportamento (periódico editado pelo Núcleo Paradigma) e da Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, publicada pela ABPMC. É membro da Society for Psychotherapy Research e da Sociedade Brasileira de Psicologia e sócio da ABPMC desde 1994. Foi vicepresidente da ABPMC na gestão 2010-2011, tendo sido presidente do XIX e XX Encontros da ABPMC e do I Encontro Sul-Americano de Análise do Comportamento. Contribuiu na organização e gestão dos VI e VII Encontros da ABPMC e, atualmente, contribui para a gestão 2013-2014 da Associação como membro eleito do Conselho Consultivo e da Comissão de Acreditação de Analistas do Comportamento.
Jan Luiz Leonardi é graduado em Psicologia pela PUC-SP, especialista em Clínica Analítico-Comportamental pelo Núcleo Paradigma, mestre em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela PUC-SP. Atualmente, cursa doutorado em Psicologia Clínica na USP, investigando a interface entre Prática Baseada em Evidências em Psicologia e Análise do Comportamento, analisando a produção de pesquisas clínicas em terapia analítico-comportamental. Além de terapeuta, é coordenador e docente da especialização em Clínica Analítico-Comportamental e docente do mestrado em Análise do Comportamento Aplicada, ambos do Núcleo Paradigma. Idealizou e elaborou o Curso de Verão em Análise do Comportamento da PUC-SP e foi editor associado de Perspectivas em Análise do Comportamento entre 2009 e 2014. É membro da Society for Psychotherapy Research e sócio da ABPMC desde 2006. Contribuiu com a gestão 2010-2011 da ABPMC como membro da Comissão de Comunicação, membro da Comissão Científica e editor do Boletim Contexto.Colaborou também com a gestão 2013-2014 da Associação, como organizador do volume 4 de Comportamento em Foco.
Lygia T. Dorigon é graduada em Psicologia e mestre em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento na PUC-SP, onde cursa o doutorado sobre comportamento verbal em crianças. É terapeuta de adultos, adolescentes e crianças – típicas e atípicas – em consultório particular, o que inclui atendimentos em contexto clínico e extra-consultório, planejamento de intervenções em ambiente escolar, supervisão clínica para terapeutas assistentes e orientação de pais e cuidadores. É coordenadora do curso de especialização em Análise Aplicada do Comportamento Aplicada ao Autismo e ao Atraso no Desenvolvimento do Núcleo Paradigma. É professora e coordenadora de cursos de formação em Análise do Comportamento Aplicada em vários estados do Brasil, capacitando profissionais da área de saúde para atuar com indivíduos com Transtorno do Espectro Autista a partir de princípios básicos da Análise do Comportamento. É membro da ABPMC desde 2006, tendo contribuído com a organização do XIX e XX Encontro como parte da Comissão de Divulgação e da Comissão Científica.
Gabriel Carelli é s c o o e Mestre em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela Pont c a n e s dade Cat ca de o a o tendo como foco da formação a Gestão de Pessoas, em especial o tema Organizational Behavior Management. Em seu mestrado investigou a efetividade de intervenções da Análise do comportamento em organizações. Além disso é Turismólogo formado pelo Centro Universitário SENAC, com parte de sua carreira focada em Planejamento e Execução de Eventos. Desempenhou a função de coordenação dos Encontros da ABPMC em 2010 (Campos do Jordão) e 2011 (Salvador). É co-fundador e designer organizacional na empresa de consultoria Neulogic, cujo foco é o desenvolvimento, por meio da Análise do Comportamento, de processos eficientes de Gestão de Pessoas. Atua também como docente de Psicologia do Trabalho, Psicologia Organizacional e Processos de Investigação Científica na graduação de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu. Foi docente em alguns cursos de graduação e pós graduação do Centro Universitário Senac, entre eles, nas áreas de Hotelaria e Eventos.
Natália de Mesquita Matheus é graduada em Psicologia e mestre em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela PUC-SP, instituição na qual cursa doutorado em Psicologia da Educação. Atua como consultora em Design Instrucional para Ensino à Distância na Fundação Carlos Alberto Vanzolini desde 2010, onde desenvolve projetos de educação à distância. Atua como docente nos cursos de Especialização em Clínica Analítico Comportamental e Análise do Comportamento Aplicada no Núcleo Paradigma, onde também participa da coordenação do Grupo de estudo e pesquisa sobre planejamento e programação de ensino. Ainda na graduação, fez parte do grupo que idealizou e organizou o 1oEncontro de Análise do Comportamento da PUCSP. Fez parte da Comissão Científica do XIX e XX Encontros da ABPMC na gestão 2010-2011.
Maria de Lima Wang é Jornalista pela FIAM/FMU, mestre, doutora e pósdoutoranda em Psicologia Experimental: Análise do comportamento pela PUCSP. Ao longo de sua carreira como jornalista, atuou em rádio, jornal, revista e em portais na internet, cobrindo temas gerais e subtemas relacionados com negócios, carreira, medicina, saúde, entre outros. Tem experiência com gestão de comunidades virtuais de ensino, com produção e edição de conteúdo para ensino a distância. Em suas pesquisas de mestrado e doutorado estudou interações verbais em mídias sociais. Embora seu trabalho seja fundamentado nos pressupostos do behaviorismo radical para o estudo do comportamento verbal/cultura, tem buscado dialogar com pesquisadores de outras áreas da comunicação midiática, sobretudo com pesquisadores que estudam interações sociais por meio de novas tecnologias de informação e de comunicação (NTIC). É membro da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e sócia da ABPMC desde 2005, tendo integrado a Comissão de Apoio da ABPMC para a difusão da Análise do Comportamento no Brasil entre 2008 e 2009.